Marta Morais da Costa
“a banalidade do Mal” (Hanna Arendt)
No silêncio compactuado da sala de reuniões, ele habita. Nos conchavos ardilosos a farejar recompensas pessoais, ele viceja. Na concordância bovina ao abuso dos desmandos , ele fermenta. Na passividade do lar, na presença doméstica do medo, ele amadurece. Nos sabujos sem cérebro a exaltar a imbecilidade, ele ceva e cega. Esse mal, disseminado e sutil, igualmente habita em mim e me paralisa.