
O lugar de onde olhas as loucuras dilacerantes nada tem de idílico; antes ressoa o vendaval desgovernado, antes concreta em ais as paixões devorantes. Escorres em música as vozes coléricas; coleias em danças o erotismo ardente, palavras ausentes, corpos em chamas. Trazes ao contemplantes a sarça em vão ardente da liberdade agonizante. Uivas aos abismos, ó teatro, as dores indomáveis. No jorro contínuo das palavras sem eco, revestes os rostos com o inferno de dentro. Nem louros, nem aplausos recobrem teu solo trágico: nele desaba o imperioso castigo. A culpa corrói o protagonista e desavém palco e público.