
Marta Morais da Costa Ao abrirem portas em frinchas temerosas as pessoas, vulneráveis, sairão para o “novo normal”. Sobreviventes. A busca da generosidade universal o apoio aos princípios da ciência médica a crença na reorganização do trabalho o abandono de posições terrivelmente rígidas o congraçamento sem preconceitos a amorosidade ao enlaçar pessoas. Utópicas. Mas nem a peste, a queda dos impérios, as guerras, a tragédia das torres, as revoluções e suas quimeras, nem mesmo a pomba alvissareira extinguiu Sodoma, criou espécies ou fechou a caixa de Pandora. Resistentes. A solidão que não ensina, o medo que não desafia, a morte que não alerta, e a reflexão que não atua não mudam as pessoas que não mudam o mundo. Aprendizes. Novas atitudes resilientes seguirão latentes. Até a próxima hecatombe.