Marta Morais da Costa
Ao abrirem portas
em frinchas temerosas
as pessoas, vulneráveis,
sairão para o “novo normal”.
Sobreviventes.
A busca da generosidade universal
o apoio aos princípios da ciência médica
a crença na reorganização do trabalho
o abandono de posições terrivelmente rígidas
o congraçamento sem preconceitos
a amorosidade ao enlaçar pessoas.
Utópicas.
Mas nem a peste, a queda dos impérios,
as guerras, a tragédia das torres,
as revoluções e suas quimeras,
nem mesmo a pomba alvissareira
extinguiu Sodoma, criou espécies
ou fechou a caixa de Pandora.
Resistentes.
A solidão que não ensina,
o medo que não desafia,
a morte que não alerta,
e a reflexão que não atua
não mudam as pessoas
que não mudam o mundo.
Aprendizes.
Novas atitudes resilientes
seguirão latentes.
Até a próxima hecatombe.
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