Marta Morais da Costa
Não invoques os espíritos
contra a corrupção dos homens:
eles vivem na paz,
não virão para a guerra.
Não invoques a fúria paterna
para defender-te das injustiças:
aprende a lutar tuas próprias batalhas.
Não invoques o amor materno
para curar teus ferimentos do existir:
cura-os com a homeopatia do viver.
Não invoques o meu amor
para perdoar tuas ofensas:
aceita que ele está findo,
exaurido, estéril, ultrajado.
Nenhum apelo o fará renascer.
